quarta-feira, 3 de junho de 2009




"Não escuto nada dessas porcarias que fiz. Minha Lua em Virgem só vê os defeitos, e, como não posso voltar atrás para mudar nada, prefiro não escutar mesmo. Em todos os discos tem coisas boas e ruins, pelo menos nos meus... Tá bom, vai. Entre as minhas mais de 400 composições, tem umas dez das quais me orgulho de ter feito: Mania de Você, Orra Meu, Lança Perfume, Doce Vampiro, Caso Sério, Coisas da Vida, Obrigado Não, Flagra... Ah, sei lá, meu!"(Rita Lee na Rolling Stones, de dez/07)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Acho que a poesia nunca esteve tão dentro de mim. Tão participativa.
Tem uma festa rolando dentro do meu cérebro com convidado especial. Tipo um baile só com duas pessoas... Que maravilha!
Tudo girando, tudo rodando. tudo ganhando vida e mais força. Não consigo sentir medo de nada.
Tudo explodindo de uma vez. Num só contato, numa só sintonia. Num beco com saída só pra dois.
Que culpa a gente tem de ser feliz?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Crônica do Amor@Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sábado, 23 de maio de 2009

Na próxima quinta acontece o Café Literário BRAVO! no centro da cultura judaica (adoro aquele lugar)
Vou tentar ir, o foda são os horários... Quinta-Feira tem Sambasonics na Olido e eu não quero perder da Av. São João pra Av. Sumaré é rolezinho...



http://bravonline.abril.com.br/conteudo/bravoapresenta/cafe-literario-bravo-ccj-472201.shtml

sexta-feira, 22 de maio de 2009

VOAR É DIFICIL, ATERRISSAR É PIOR AINDA.

Me quebro mas não freio
Passo direto mas não breco!
Ralo joelho mas não gasto o freio
Eu corro sim, e to vivendo, tem gente q não corre e ta morrendo.
Sempre fiz o que quis, por isso tenho cicatriz
De Hayabusa ou de Biz, piloto feliz.
Desliso na curva, mas nao paro na chuva
Devagar eu chego lá, mas correndo demora menos
Se corro, logo existo...por pouco tempo

Pra que correr de carro, se eu posso voar de moto?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

felicidade é pouco. Isso não tem nome.

Alguém sabe dizer pq as pessoas ficam TÃO FELIZES?

sabe quando tudo parece que faz sentido, tudo tem uma explicação boa e os desafios viram criatividade sua em instantes... não é mais alguem tantando abrir uma porta com um peixe molhado naquele empurra-não-vai.
Sabe aquela felicidade de sair correndo, voando, rodopiando sem destino, sem ligar pra horários, sem descrição do que é isso ou aquilo. Sem se preocupar com o que irão dizer de vc que tá correndo feito uma maluca por aí... Essas coisas não têem explicação e a gente só explica vivendo elas. E só quero fazer acontecer ali naquele instante. Não sei quem eu tenho que agradecer isso, talvez aos planetas, mas eu agraço por esse alguém ter aparecido na minha vida. Tão ''do nada'' que fez sentido de tudo. Mesmo se for por alguns instantes ou eternamente. isso não importa, isso é o de menos. o que importa é que estou feliz e se eu estivesse sobre duas rodas velozes e um motor daqueles... estaria longe, distante... num lugar que só a gente encontra quando fica feliz. E ainda levava esse alguém junto na garupa.

FIM

Minha mãe estudou 5 anos de Direito, se formou e hoje é dona de casa. moral da história: não se sinta vencedor só pq concluiu um curso, vc pode virar dona de casa.

Numa de nossas brigas eu me exaltei e disse: ''E você que fez faculdade pra nada?"
Depois de um silêncio e minha mãe com uma cara de quem não sabia o que dizer, respondeu: "Pelo menos eu fui até o fim e concluí o curso"

Depois eu virei as costas com raivinha e entrei pra dentro do quarto arrumando não sei o que (pq eu tenho mania de arurmação qnd fico nervosa. fico procurando o que arrumar mesmo estando td organizado. fico tirando e pondo as coisas do lugar só pra dizer q to fazendo algo e não estou pensativa. Mas eu to pensativa sim, eu só consigo ficar pensativa em movimento. deve ser por isso q eu to sempre atravessando a rua junto com os carros) fiquei lá arrumando NADA e pensando: "No FIM do que se hoje ela é infeliz e não atua no Direito? Esse é o grande FIM esperado? o que as epssoas pensam sobre VIVER?" OK nao to sendo ''carpe diem 100%'' pq eu acho clichê dizer: viva intensamente. Sendo que as pessoas que mais dizem isso são as que só querem viver intensamente e etc. Acho que, antes de mais nada, temos que ser atores da nossa vida primeiro. E não somento o diretor pra simplesmente dize ro que tem q ser feito e imaginar como vai ser... Nessa de "ator" minha mãe disse que Teatro não leva ninguém a nada. (como se o Direito levasse, mas td bem a questão não é do que leva o que à alguma coisa. pq tudo leva vc a algo qnd é vc quem faz, pq faz e como faz. a gente que tem q levar nós mesmo à algum lugar)

Eu ainda não to nesse meio do Teatro mas eu tento ''chegar ao fim'' diferente dela. Gente, isso aqui não é raivinha da minha mãe e um desabafo de filha, eu to colocando ela como exemplo, apenas.
Não vai ser 1 graduação que vai me formar. Ou melhor, 2 ou 3, 4, 5... Mas... o que é ''se formar''?
Eu estou me formando como pessoa a cada experiência que eu vivo ''voando'' por ae. E não tenho vergonha de dize rque não concluí uma faculdade q comecei e fiz só 1ano e meio ''pra nada'' como minha mãe supostamente acha. Eu, no mínimo, estou me formando como pessoa. Não quero estudar 4anos pra arrumar um empreguinho e dizer que sou formada. pra quê? Isso é coisa de gente preguiçosa... eu quero mais. Quero saber onde tá meu suposto limite.

Não vou parar quieta, jamais! E também não me importo se me abandonarem. Ao contrário de todos eu sei me conformar com perda de algo/alguém. Me entrego de corpo e alma em tudo que faço, mas se eu não tiver escolha e ter que abandonar, posso fazer isso em 2 segundos sem medo de começar do zero. Sem medo de errar, sem medo de ''o que será de mim agora?''. O mundo é muito grande e tem muita coisa do que simplesmente se formar e ter um emprego. Quero voar, conhecer lugares novos me fixando um pouquinho em cada lugar.

Acho que o fim é esse. Nossa grande realização. E depois de uma grande realização sempre vem outra e mais outra e outra e em seguida um novo grande começo. Não para. AINDA BEM!

A última coisa qeu eu quero é conhecer o fim. Não importa se foi até o fim. importa o que você fez pra tentar chegar nele. O fim é o fim, se não fosse fim não se chamaria fim se chamaria começo. Quem precisa de um final?
O que é um FINAL?
Pra que serve o final se depois não tem mais nada pra acontecer?
Quem precisa de um ''fim'' se a finalidade é concretar o meio e conquistar (?)
O fim é coisa de gente sem coragem de arriscar no meio e preguiçosa que não sabe como dizer pq está assim e diz ''esse é o fim'' é de gente que não é criativa... não sabe como prosseguir com uma história e dá um final pra ela. tem que ir além...

''E foram felizes para sempre'' quer deixar uma segurança pra criança... quer colocar palavras na mente dela pra pensar ''relaxa que o fim é bom, no fim tudo dá certo." MAS PQ SÓ NO FIM PODE DAR CERTO?



Téo e a Gaivota@Marcelo Camelo

É de imaginar bobagem
quando a gente liga na televisão
toda dor repousa na vontade
todo amor encontra sempre a solidão

todos os encontros
todos os poemas
manda me avisar

todos os embates
todos os dilemas
manda me avisar
manda me avisar eu sei
todo ser humano
pode ser um anjo

terça-feira, 19 de maio de 2009

que sonho é esse (?)

Estou mais feliz do que em uma corrida de motocross. E olha que eu sonho que tô em alta velocidade sob duas rodas todas as noites... Falando e sonho, essa noite eu sonhei que uma cigana conversava comigo e dizia ''você já foi do Paquistão e do Egito... e da Síria tb.'' Gente, eu odeio o Oriente... sério mesmo. não gosto da cultura de lá... sou mt ocidental. Meu negócio é conquistar a Europa e a América Latina. Ainda no mesmo sonho, antes da cigana aparecer, eu sonhei que estava desenhando uma árvore e era um lugar com mt verde e tinha uma árvore feia, caindo aos pedaços. E tinha um homem comigo desenhando-a tb... ele era bem velho, sei la, tipo meu pai. Aí ele não conseguia desenhar a árvore e falou pra eu fazer isso. Peguei um lápis e comecei a desenhar a árvore. Mas ela era tão feia que não dava nem pra desenhar. E esse homem disse assim pra mim ''vê se tá ficando bom'' quando eu olhei, JESUIS! era uma borroqueira só de giz de cera... mas o pior é que, de tão feio, estava parecido. tava idêntico praticamente... mas era feio, era o retrato árvore mesmo feia como ela era. E eu disse que se for pra sair reproduzindo tudo como as coisas realmente são, vai ficar tudo uma bosta. Tem que olhar de um outro jeito, ver algo bonito ali. idealizado.. qualquer coisa. E ele dizia que não conseguia, era mt realista. A árvore era uma mistura de folha de laranjeira com um pé de jaboticaba caindo aos pedaços. Enquanto eu desenhava, o homem dizia assim: ''pode errar, tem mais folha...'' E eu: ''mas como vc vai saber se tá errado? nenhum desenho é errado. é só um desenho... é o jeito que eu enxergo'' Ele: ''já disse, pode errar... e cada vez que vc errar, ali naquele portão, uma pessoa vai jogar um desenho pra vc mostrando como chegar até fazer um certo'' E eu que não sou boba nem nada, nem em sonho, comecei a desenhar qualquer coisa pra ver o que aconteceria. E vinham vários desenhos, eu toda hora levantava pra pegar... foi aí que eu percebi, ainda no sonho, que enquanto tem gente desenhando do outro lado do portão, tentando achar o melhor que pode fazer, eu to aqui brincando com isso. Mas td bem.. antes desse sonho só consegui dormir depois que eu fiz um desenho... na verdade tentei fazer outro retrato meu e saiu isso:

sábado, 16 de maio de 2009

A tristeza tem sempre uma esperança/ De um dia não ser mais triste não

Senão é como amar uma mulher só linda
E daí?
Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Les Papillons@thomas Fersen

essa música não sai da minha cabeça por nada



quinta-feira, 14 de maio de 2009

eu por eu mesma obrigada.

não sei o que acontece com os pixels dos meus desenhos :(

terça-feira, 12 de maio de 2009

ardida...

quero ver rasgar.
meus nervos entrarem em erupção.
quero, ao mesmo tempo,
gosto e cheiro de orvalho...
quero sorrir e ver sorrir no escuro,
num bréu.
medonho,
suculento,
aterrorisante,
gratificante e entrelaçante.
sem mais feridas...
acelerado e intrigante,
sem receios,
sem perguntas, sem sugestões.

Quero, antes de mais nada, metades completas.

ser casual é a melhor coisa.
a mesma canção,
violas diferentes.
o enredo muda um pouco...
mas a viola não pode ser a mesma.

sábado, 9 de maio de 2009

arte ou artesanato?

''Artista que não seja ao mesmo tempo artesão, quer dizer, artista que não conheça perfeitamente os processos, as exigências, os segredos do material que vai mover, não é que não possa ser artista (psicologicamente pode), mas não pode fazer obras de arte dignas desse nome. Artista que não seja bom artesão, não é que não possa ser artista: simplesmente, ele não é artista bom.'' Mário de Andrade

FINALMENTE ACHEI PALAVRAS DE ALGUÉM QUE SOUBE DESCREVER O QUE EU PENSO. OBRIGADA MÁRIO.

Não preciso dizer mais nada, né?
É como pontuações e letras maiúsculas... é o artesanato da poesia. Número certo de versos para um soneto... essas coisas. Mesma coisa que eu ter um puta material bom de pintura e não saber o que fazer com ele. Aquela velha história de que Deus dá asas pra quem não sabe voar. O verdadeiro artista inova, manifesta, cria novas técnicas ou utiliza outras existentes simplesmente misturando tudo junto numa coisinha só.

Não sou uma pessoa ótima pra escrever o que eu penso/sinto e saio embaralhando as idéias... mas vamo lá.

Arte, antes de mais nada, é comunicação. Artes existe antes de cristo... pintura das cavernas. Só mesmo com o Renascimento, já na era cristã, é que a beleza se impôs como finalidade nas artes plásticas.
É muito difícil definir o que é arte ou uma obra de arte... eu mesmo não consigo, muitas vezes, identificar assim. Tem muita tranqueira feita por ae que... E alguns nomes da cena cultural e artistas renomados apontam como obra de arte que eu não vejo nada demais. Realmente é dificílimo. Mas continuo acreditando que obra de arte só é obra de arte quando há comunicação e beleza... tecnicas novas tb. Afinal, estamos no século XXI, é tempo de inovar pq tudo já foi feito. Será mesmo que arte contemporânea seria exatamente NADA? XXI= não existe arte (?)
assim como a Moda que mistura indumentária de diversas épocas e décadas pra fazer sua própria época(?) Será que nunca mais existirá um movimento artístico como o Barroco que influenciou a Indumentária, Pintura, Escultura, Arquitetura e etc? tudo numa Moda só... realmente não sei. to escrevendo bem rápido em poucas linhas, depois coloco mais palavrinhas do Mário de Andrade que animou minha vida.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

é tudo culpa do Duchamp!


É tudo culpa do Duchamp! fato. depois que ele começou com essas gracinhas de ´que arte é arte pros olhos de cada um, agora todo mundo fica feliz em saber que qualquer porcaria que fazem é arte.
Guimarães Rosa diz: "O melhor critico é aquele que ajuda o autor a ler sua obra."
Em termos literários é uma das coisas mais sinceras que eu já ouvi falar. Você escrever um monte de baboseira por aí, como faz o Paulo Coelho, não significa nada. Sabe o que é isso? Pura lábia. Hoje na aula de Moda e Estilo Contemporâneo teve uma apresentação de um seminário que foi um fiasco como dizer que um chapéu napoleônico usado no desfile de Primavera/Verão do Galliano 2009 seria DE UM PIRATA (?) o que uma pessoa dessa tem na cabeça pra AFIRMAR que, Galliano todo apaixonadinho pelo século XVIII, colocaria um PIRATA perdido (?) WHAT? ahahahaha só rindo mesmo. eu realmente não sei o que as pessoas pensam sobre uma faculdade. Enfim, a questão não é essa. O fato é, as meninas apresentaram em termos de linguaguem muito bem. Elas não gaguejam ou esquecem as coisas como eu. Elas sabem falar, contornam as coisas mas mesmo assim os erros são evidentes. E é isso que o Paulo Coelho é: fachada. Mas o ápice dele foi quando eu li em algum site perdido por aí ele dizendo ''a vida é uma arte. a arte de encontrar... embora tenha seus desencontros'' (não foram essas palavras, mas foi isso que ele disse mais ou menos) Mas pra bom conhecedor da Bossa Nova, não precisa nem terminar a frase quando é dito ''a arte do encontro'' essa frase é muito clara na musica do Vinícius ''Samba de Bênção'' que ele diz ''A vida é a arte do encontro/ embora haja tanto desencontro pela vida''. E sabe de quem é toda essa culpa?
Dele mesmo... do DuChamp. (sou suspeita pra falar dele pq é algo que eu admiro. não em contexo embelezamento mas sim de juntar os fatos e ele dizer em outras palavras que gosto é igual cú)

"Desde que, em 1913, o francês Marcel Duchamp (1887-1968) assinou como obra de arte uma roda de bicicleta cravada num banco, a idéia que arte é o que o artista chama de arte não é mais novidade. Agora, porém, a liberdade não pretende chacoalhar o mundo das artes. O artista hoje quer apenas encontrar o suporte que melhor transmita a mensagem almejada'' Revista Bravo, Abril 2009. Extraído da matéria: Eles são versáteis, mas a pintura resiste'' Pág 85.
Aí fica aquele negócio né, é arte ou não é (?). Realmente são críticas e gostos muito opostos.
Minha opinião sobre essa palhaçada do que é arte: coisa bem feita.
Arte Bizantina, Renascentista, Barroca e etc só eram consideradas ''obra de arte'' as coisas bem feitas. É só perceber, com a Igreja e blablablas infinitos. Questão de embelezamento e ter poder quem tinha uma pintura. Claro que, com o passar do tempo virou uma forma de manifestação. Mas a idéia inicial sempre foi emebelezar alguma coisa ou venerar algo/alguém. Como eram feitas as pinturas mais cristãs possíveis. Com o tempo a arte foi se desenvolvendo de uma forma absurda até chegar num ponto que Duchamp disse: ''opa, calma ae cocada! tudo virou arte agora? todo mundo pode ser artista?'' Acho que foi uma das manifestações artísticas mais bem pensadas e importante de todos esses séculos. (Se não a mais importante) ainda mais por dizerem ''ah, é arte contemporânea'' Que porra é essa???
Ontem eu estava na Av. Paulista quase meia noite e passando por lá eu vi uma coisa realmente sem sentido. Quem frequenta lá sabe que, tem um casarão que é alugado pra diversas coisas e tb adotam animais e enfim. Na porta tem umas luzes cor de rosa e parece que jogaram papel machê no portão com cola, sei lá que porqueira é aquela, parece reboco. E na porta tem tipo um cartaz escrito: ''ARTE CONTEMPORÂNEA'' Uhum! até quando arte contemporânea vai ser isso? Pq aquilo é arte pros olhos do artista e pra quem ele explicou aquilo. Claro que, uma pintura bem feita, uma coisa bem elaboradas ou com materiais secundários podem sim ser chamados de arte pq simplesmente é algo inovado ou com AQUELE design. Como na exposição: 1961 -A ARTE ARGENTINA NA ENCRUZILHADA: INFORMALISMO E NOVA FIGURAÇÃO. Na Fiesp que vai até o dia 14 de Junho. Não tem nada de muito design nesa exposição e mais fotografias e quadros com materias tipo tecido, arames... coisas do tipo.
É o que eu digo sempre sobre as palavras e saber ser poético no que diz. Poético eu digo, dizer coisas com sentido e explicar tudo muito bonito com as palavras. Tem exposição que eu vou que tá assim ''obras de maria da penha silva sauro'' pfff. tá, edai? eles explicam a obra no cantinho do quadro em 5 linhas, mas é pra vc entende ro q ela fez. Arte foi feita pra ser admirada vc tendo conclusão disso ou daquilo. Só com o título vc já ter umas sacadas. Uma informação ou outra do artista ou do que ele usou, são coisas que só fazem parte. Não são extremamente essenciais. Ou vc acha que Botticelli descrevia pra todo mundo o pq fez aquilo, o que usou, o que se inspirou, pq ele usou óleo e não carvão. (?)
Não sei de mais nada pra falar a verdade... a única coisa que eu sei é que esse Duchamp arrasou! e que agora qualuqer textinho pode ser chamado de poético aos olhos de uma pessoa só: o artista que fez.

Alguém colocar uma escova de dente em cima de uma mesa e pinturar isso em algum lugar não pode ser chamado de arte. Até pode... por quem fez. A explicação dele vai ser do momento em que ele pensou em fazer isso,a lembrança que ele tem de algo e não pq é arte. Ele não fez aquilo pensando que seria arte. Ele fez aquilo tirando proveito da situação. Ou ele não sabe desenhar, ou tem mau gosto ou simplesmente é decaído e resolve fazer coisas do tipo. O diferente de Duchamp que faz esse tipo de coisa como manifestação e não como aproveitamento. Outra coisa bem diferente é tirar uma foto dessa escova de dente em cima da mesa. Você pegar um ângulo que ninguém talvez perceberia... isso sim é algo poético e com sentido. O que é arte pra mim nunca vai ser pra vc e vice-versa.



Foucault foi umas das leituras mais importantes nos anos 60/70... tá, edaí? a maioria não diz por ninguém. Ou melhor... quem é a maioria?
vídeo de um dos melhores desfiles que já vi, na minha opinião. pena que só tem 3 minutos: http://www.youtube.com/watch?v=MDWUy0pOXl8
confesso que o da Chanel de 2009 e o do Galliano ano passado foram melhores. Mas esse tá fantástico!
O melhor de tudo foi ele fazer uma passarela como se fosse um trilho de trem. e aqueles sapatos altíssimos e super desequilibrados. Puts! É disso que o Brasil necessita nesse mundo: Conceito e teatralidade. Elaboração maior de desfiles encantadores. Saber usar isso... Falta gente criativa. Tem muito cacique pra pouco índio nesse mundo tolo. Só querem aparecer, só tem uma marca pra dizer ''sou estilista e famoso. vc não!'' Malditos egos!
Spring Summer 2008, Galliano: http://www.youtube.com/watch?v=ijsgbNuVPXw
melhor desfile que eu já vi! gente, isso não é um desfile, é um show!! isso sim é desfile.
Da vontade até de chorar de tão bonito e bem feito que é.

sábado, 18 de abril de 2009

Ryan Bingham e Hank Williams III

Mescalito, Ryan Bingham: http://rapidshare.com/files/213357296/Ryan_Bingham_-_Mescalito.rar.html


Só pra quem aprecia música folk. Ryan Bingham é incrível! Com essa voz rouquinha e um rostinho perfeito... Você escuta com a sensação de estar na fronteira entre o México e os EUA. Claro que, é um versão mais ''estou sentado na beira da estrada'', das músicas do Hank Williams III (neto de Hank Williams, obvio) que já são mais agressivas e dançantes. Uma coisa bem ''estou bebendo cerveja a 1000km/h. bebendo e batendo o pé''. Enquanto Ryan espera alguém sentando em algum banco perdido de alguma cidade perdida e pouco habitada ou informada como Nashville, Hank Williams III fica bêbado na encruzilhada e mexe com todo mundo. Ryan é alcoólatra anônimo e Hank um bêbado muito bem conhecido.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Segredo de Beethoven


Sinceramente? Eu esperava que fosse melhor. Mas o filme é bom! Recebeu uma indicação ao Goya de Melhor Filme Europeu.
Aqui uma opinião de quem acha que pode ter opinião sobre Cinema: (se duchamp pode colocar uma roda de bicicleta em cima de um banquinho, pq eu não poderia opinar sobre um filme que acabei de ver? mas isso eu falo depois)
Agora sabe quem poderia ter dirigido O Segredo de Beethoven? Ele mesmo: Jean-Pierre Améris. Ou até mesmo o Jean-Pierre Jeunet (ambos franceses. Fato, só elo nome acho que dá pra sacar). Jeunet é o diretor de Amélie Poulain. Citei primeiro o Jean-Pierre Améris pq ele soube em Eu me Chamo Elisabeth elevar o drama mas sem cair naquele sentimentalismo todo. Quando assisti esse filme dele logo saquei que era como um marco de todos os outros, infelizmente só assisti um filme que ele dirigiu. E é o melhor filme, na minha opinião. Se alguém me perguntar qual seu filme preferido eu sempre vou dizer ''Je m'appelle Elisabeth''.
Mas voltando ao Beethoven e esquecendo a menina Elisabeth de 10 anos, Agnieszka Holland, diretora do filme, deveria ter apostado mais em jogos de cenas e filmagens mais elaboradas. Apesar que, logo no final do filme, há uma cena que eu achei incrível que foi a cena dos aplausos após o concerto em que ele continua de costas, sente os aplausos e a cena simplesmente não tem som. Isso foi no mínimo tocante. Assim como explosões em camera lenta. Puts! É bem evidente o que é transmitido como ''música foi feita pra sentir'' a delicadeza que o silêncio é tratado. Não somente pela cena, mas em todo momento é comentado o quão o silêncio faz bem e é importante principalmente pra quem é músico.
Outra cena que foi marcante (mais pelas palavras, claro) é a que ele vai ver a exposições de alguns arquitetos e uma das pontes em maquete ficou horrível e o cara(que eu não lembro o nome) pergunta o que ele acha e Beethoven simplesmente destroe a maquete e diz que fica bem melhor depois de desfeita. O cara todo raivoso declara que ele está velho e surdo, Beethoven em seguida conclui: ''estou surdo mas é assim que eu entendo a música, enquanto Deus sussurra no seu ouvid, ele grita no meu! E você só irá saber realmente enxergar um ponte quando ficar cego.''
Acredito que o filme ganharia mais emoção se, talvez, terminasse nessa cena ou qualquer outra coisa mais elaborada e não na cena que em a Anna Holtz caminha no campo. Se bem que ela ''fechando'' o filme fez um ótimo sentido pra dizer que ela foi mais importante que Beethoven. Deixando claro que a personagem Anna Holtz é fictícia.

Nenhum artista é artista ''do nada'' ou sem pq. Ou pior, sem a interferência de ninguém ou coisas. Em O Segredo de Beethoven isso fica bem claro, souberam mostrar isso bem. O roteiro ficou excelente, assim como em Shakespeare Apaixonado. Pronto, taí um filme que não teve uma direção incrivelmente incrível mas que conseguiu prender na estória e mostrar o que eles queriam passar através dele. Foi um tanto quanto lírico, mas não digo que é um filme que te prende, q vc pode levantar pra arrumar a camiseta que perdeu alguma cena importante, isso não. Mesmo pq eu já imaginava que ele fosse morrer ou sumir dali, desde o início. É um filme surpreendente até um certo ponto.


Nota? acho que um 8,72 seria digno.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Labirinto do Fauno


O que realmente achei? hm... Com um contexto bom, visualmente falando. Efeitos são interessantes não só pelo fato de ver a evolução do Cinema durante as décadas, mas são bem mais interessantes quando são bem utilizados. Assim como Senhor dos Anéis, Harry Potter, As Crônicas de Nárnia, entre outros. '' Ganhou 3 Oscars, nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Maquiagem. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora.''

Melhor direção de arte: Fato. Souberam como ninguém adaptar a imaginação aos efeitos.
Melhor fotografia: Sem dúvida.
Melhor Maquiagem: Nem tanto, vai. com monstrengos e coisas a parte qualquer filme por aí ganha de Melhor Maquiagem. Vamo combiná que existe coisa melhor.
Melhor roteiro Original: (?) WHAT?
Melhor trilha sonora: que filmes estavam lá pra concorrer com O Labirinto do Fauno? Confesso que a trilha entrou em sintonia mããs... enfim.

Filmes como O Labirinto do Fauno são como as mulheres bem vestidas de Hollywood e toda aquela gang de mulhers-modificadas-com-personal-stylist-que-cagam-dinheiro. Se vestem bem, falam razoavelmente bem, algumas têm uma história de vida um tanto quanto intrigante, mas, por fim, acabam se igualando mentalmente com atrizes que não são como elas fisicamente mas podem sair pra conversar que vão se entender. O Labirinto do Fauno, assim como outros filmes, tem AQUELE contexto visual. Não somente os efeitos digitais e fotográficos (que hoje muita gente que investe e estuda isso pode muito bem fazer) mas sim, a simetria de cores. Fizeram um estudo de cores animal! Mas como nem tudo são flores, cagaram no enredo. É a típica história sem pé nem cabeça. Parecia que eu estava assistindo meu irmão jogando vídeo-game. E o que era aquela guerra toda? Tá, beleza... 1940-e-alguma-coisa, Guerra Civil, Espanhã... ok. Mas eu tenho certeza que o Diretor encaixou isso só pra dar um época ao filme e não ficar um ''fantasia'' perdida na história. Querendo dar uma pontinha de realidade nela. Foi uma boa saída, Guillermo! a crítica adorou.
O que eu menos compreendi, não de compreensão textual na visão ''não entendi o filme me explica'' e sim ''pq surgiu do nada isso?''. No final em que o capitão tira o bebezinho de lá e morre em seguida (?) pra menina salvar a pátria(?) Parece até que o diretor não sabia como elaborar um final e encaixou isso. Sabe aqueles filmes que tem um começo, meio e fim do mesmo jeito, com o mesmo tipo de suspense e etc? Conta outra! o diretor salvou o filme com os efeitos.

Confesso que sou conservadora até um certo ponto, desde que não afetem a essência da Estória. É fácil inventar uma histórinha, e jogar efeitos digitais. Quero ver manuseio da câmera, quase um teatro em cena, coisas imprevisíveis. E eu não falo da fantasia e de coisas inanimadas e blablablas infinitos. Onde estão os diretores de cinema? Pq ultimamente eu só tenho visto gente pra fazer jogo de vídeo-game. Cadê aqueles diretores que decupam sua imaginação em palavras e ações? O Cinema tem que ser lido. Ninguém VÊ UM FILME. Imaginação fértil muita gente tem, aliás, criatividade todos nós temos, além de tem é que saber usar, tem que saber no mínimo pra que serve pra você. ''ah, você e criativo. vai desenhar. Ah... vc é criativo, vai fazer um filme'' as pessoas apostam tanto nisso que investem loucamente e apelam para o ''opa, perae... não sei como fazer vou jogar uns efeitos pra chegar onde eu quero''. Dinheiro e coragem muita gente tem. Força de vontade pra fazer algo, também.

Ah... Já ia esquecendo de mencionar aqui o SAPO GIGANTE. Genteee! tá bom que, eu tenho sapofobia, tenho medo/nojo/horror/pavor de sapo. Mas se fosse uma barata eu não ia ficar impresisonada com a cena, na hora eu coloquei a almofada na cara e ó voltei a ver o filme quando os estrondos sumiram. Mas mesmo assim, pq diabos ele enfiou um sapo gigante gorfando uma gosma com a chave (?). Não entendi qual foi a jogada dessa cena. Ele deve ter pensando ''a menina tem q encontrar a chave... mas onde?... Já sei!!! nessa cena hmmm... deixa eu ver... podia aparecer um bicho gigante... pensa aí galera em algum bicho nojento... SAPO! ótimo, bela escolha, campeão! Aí a gente coloca ele vomitando a chave pra menina, (a menina não pode ter medo pq ela é a salvadora do filme) e a cena fica super horror! VOILÀ!''


nota 7, 28 pro filme.

Inspiração: SCARECROW e não FAUNO

Assim como o Anthony diz qu o mundo acabará em banha, minha mãe dizer que acabará em bosta e muita gente dizer que vai acabar em barata eu prostesto e digo: ACABARÁ EM ROÇA. E não é pq venho de lá, ou que gosto/me identifico. E sim pq pe fato, a tecnologia vai chegar num ponto em que não terá mais o que inventar e nem o pq. Malditos egos. OK! Vou ao que realmente interessa. Mencionei tudo isso somente pra falar do filme que resolvi assistir hoje. Algumas semanas atrás na aula de Desenho a prof. pediu para um trabalho que fossem entregues 20 croquis com um único tema, logicamente, pra ter um certo contexto. Logo em seguida ela citou alguns, dizendo: ''Teve gente que fez sobre fadas pq simplesmente gosta. Outros fizeram sobre o Natal (?)... teve uma menina também, no 5° semestre que fez sobre sua hereditariedade que e Japonesa'' Achei interessante, não pelo fato de ser o Japão, mesmo pq detesto toda a cultura japonesa e seus derivados orientais. (não é preconceito, suponho, não os acho incapazes de nada. pelo contrário, até vejo eles sendo uma ameaça por serem tão inteligentes e intrigantes) Enfim... assim que ela disse isso logo pensei: vo fazer sobre hereditariedade tb: ROÇA. Lá via eu fazer sobre isso. Mas roça não era tema. Havia um subtema para meus desenhos: espantalhos. Fiz lá meus croquis em espantalhos (logo coloco a foto de um deles)... Mostrei os desenhos pra prof avaliar antes de serem entregues e ela disse que eu estava no caminho certo pra elaboração de temas tanto no vestuário como em desenhos mesmo. Assim que ela termirou de ver me perguntou: ''Você se inspirou no Labirinto do Fauno?'' eu logicamente, como não vi o filme, respondi que não. Que meu foco era único e exclusivo nos espantalhos. Chegando em casa a Bárbara veio aqui e fez a mesma pergunta a resposta foi a mesma, claro. Hoje eu intrigada cheguei em casa e fui direto alugar 5 filmes. Um deles, obviamente, O Labirinto do Fauno.